sexta-feira, 31 de agosto de 2018

[Escrita] Oficina Literária com Ricardo Ramos

Olá, pessoas! Como estão?

Tem um tempinho que não venho por aqui, não é? Desculpem, as tribulações andam grandes e, para completar, tem um concurso público perto então preciso estudar também. Bom, no dia 22 desse mês eu participei de uma oficina literária com o autor e roteirista Ricardo Ramos, neto de Graciliano Ramos um dos expoentes da nossa literatura brasileira. Quem organizou essa oficina foi meu admirável mestre Edmilson Sá, também foi ele que gentilmente me convidou a participar.

Para quem não conhece, falando rapidamente, é escritor, com livros editados no Brasil e no exterior, publicados em Portugal e nos Estados Unidos. Mestre em Letras no Programa de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Desenvolve pesquisa na área de literatura infantil e juvenil, onde vem trabalhando academicamente Graciliano Ramos, privilegiando o olhar sobre seus textos escritos para crianças e jovens. Ministra diversos cursos e oficinas literárias: como aprimorar o texto, literatura infantil, roteiro de cinema, poesia, conto,  crônica, romance. É roteirista de cinema com roteiros premiados. Atua como coach literário, orientando clientes na elaboração de seus livros. É cronista do Escritablog , publicando no espaço Palavra de Cronista. Participa como jurado de concursos literários: Proac, Portugal Telecom, Prêmio São Paulo de Literatura.  É vice-presidente da União Brasileira dos Escritores (UBE), São Paulo. Como sócio-proprietário da Ricardo Ramos Filho Eventos Literários cria e produz eventos culturais. Possui graduação em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986).

E gente, esse homem é um amor de pessoa! Super humilde, bem gente como a gente, sabe? Ele ministrou uma oficina maravilhosa em que nos colocou para trabalhar e auxiliou um por um em seus textos, saímos de lá com o primeiro capítulo do nosso livro prontinho! A primeira parte da oficina foi a parte teórica, o Ricardo explanou pra gente os passos da construção do romance (e muita gente acha que romance tem a ver com histórias de amor, não é, gente, é romance gênero mesmo, narrativa longa, tá?) e deu algumas dicas sobre o processo, pode soar meio repetido com algumas coisas que já postei por aqui nessa tag, mas é sempre bom ter as valiosas dicas de um mestre na arte de contar histórias, não concordam?

Então, primeiramente vou começar dando as indicações de leitura:
  • Representação do Intelectual - Edward Said
  • Entre facas, algodão - João Almino
  • Por que ler os clássicos - Ítalo Calvino
  • Nunca houve tanto fim como agora - Evandro Affonso de Carvalho
  • A personagem de ficção - Antônio Cândido
Dito isso, a primeira coisa que ele conversou com a gente foi sobre a relação escrita-autor-leitor. O processo de escrita é parcialmente consciente, quando estamos escrevendo nos desligamos da realidade e o nosso inconsciente entra em ação, produzindo assim algo muitas vezes alheio à nossa vivência ou desconectado do momento em que estamos. Por isso, para Ricardo o processo de escrita acontece, realmente, quando vamos reler e reescrever o que esse inconsciente escreveu. Já teve a sensação de que as palavras estavam saindo sozinhas? Que enquanto você escrevia as ideias e as suas mãos trabalhavam por vontade própria? Bem, é exatamente disso que ele está falando.

Nas relações que envolvem o desenvolvimento de uma obra, da sua concepção à publicação, os elementos envolvidos giram em torno do produtor, aquele que cria, o receptor a quem se destina o texto, a obra, o produto em si e o transmissor, aquele que media o contato entre a obra e o leitor. A isso, podemos chamar literatura. Vale salientar que Ricardo é um árduo defensor da ausência de inspiração. Ele não acredita em inspiração ou em dom, para ele a escrita é um trabalho como qualquer outro podendo ser desenvolvida por qualquer pessoa desde que essa se submeta a atingir as exigências da profissão, coisa da qual falaremos mais para frente. O leitor, nesse processo, ocupa o espaço de maior importância uma vez que é aquele que dará a obra interpretação e significância.

Continuando, como já dissemos aqui anteriormente, o enredo de um romance passa por dois processos metodológicos.
O primeiro processo é a relação personagem e contexto, esse contexto, aqui, refere-se a um personagem X localizado em um espaço Y em um tempo N. Essa relação precisa ser lógica durante todo o percurso narrativo. Ainda dentro desse processo metodológico, Ricardo nos diz que é preferível criar um espaço imaginário a escrever sobre um que você nunca visitou uma vez que a falta de "tato" (mesmo que se faça inúmeras e cansativas pesquisas) dará ao leitor a certeza de que você nunca visitou aquele lugar.

É preferível criar um mundo a partir de outro que ambientar sem conhecimento.

O segundo processo acontece dentro do enredo, há o núcleo que corresponde a trama central e ao problema enfrentado pelos personagens. A tensão que desencadeia-se no clímax do conflito ou é permanente durante a trama e a expectativa que pode ser quebrada com o plot twist. Dentro dessa metodologia, é necessário estar atento ao contraste, muito importante principalmente nas personagens que compõem a trama.

Esses componentes intrínsecos são facilmente organizados com perguntas chave:
  • Enredo (Como?)
  • Personagem (Quem?)
  • Tempo (Quando?)
  • Espaço (Onde?)
Quem também merece atenção específica é o conflito ou problema central da trama. Nesse gráfico nós temos o desenvolvimento do conflito, desde a sua primeira aparição, no início do enredo, até o seu desfecho que pode ser a resolução ou o plot twist (reviravolta) e, todas essas etapas devem ser respeitadas para a construção de um enredo sólido. Tal qual o antagonismo das personagens deve desenvolver-se de maneira gradual e efetiva.

O Que é Necessário?

Nesse ponto da oficina, Ricardo nos diz que "Escrever é, basicamente, reler o que a gente escreve", dentro desse ponto, elenca os requisitos necessários para aqueles que desejam ingressar no ardoroso e exigente mundo das palavras:
  • Ler
  • Disciplina
  • Dedicação
  • Persistência ( Não desista!)
  • Tempo
  • Paciência
  • Esforço pessoal
  • Vontade de fazer bem feito
  • Olhar o cotidiano
Dentre esses pontos, gostaria de destacar alguns que acho primordial e nos quais ele mais se estendeu. O primeiro é ler. Já batemos nessa tecla milhões de vezes gente e não há como fugir. Não existe autor que não lê. Disciplina e dedicação andam lado a lado, é preciso escrever todo dia, mesmo que seja um parágrafo, independente de estar ou não inspirado, de sentir ou não vontade. Ricardo é muito insistente nessa questão:
Não acredito em inspiração. Escrever é trabalho que exige esforço e dedicação. - Ricardo Ramos Filho.
A vontade de fazer bem feito, se você se propõe a escrever uma história ou qualquer que seja a atividade, o mínimo que se espera é que se dedique a isso, que faça-o da melhor maneira possível. Para isso é preciso paciência. E, quanto ao olhar o cotidiano, um bom autor sabe usar a realidade à sua volta para construir coisas, sejam cenas ou livros inteiros. É importante estar conectado com o mundo que te cerca de alguma forma, ele vai moldar o mundo que tu imaginas.

Sobre a construção das obras, ele elenca algumas dicas valiosas que envolvem desde a dedicação pessoal até a revisão:
  • Deve ter começo, meio e fim.
  • Escolher o melhor horário - todos nós temos aquele horário que rendemos mais, alguns de manhã, outros de noite, há quem goste da madrugada. Veja em que horário você se concentra mais no trabalho e escreva religiosamente nesse horário todos os dias!
  • Seja sintético - diga o necessário e tire o excesso.
  • Evite repetir palavras (eco) - esse talvez seja o ponto mais difícil. Segundo Ricardo, o ideal seria que não houvesse nenhuma palavra repetida por lauda. Use dicionários de sinônimos, dicionários, retire sentenças, mas tente evitar esse problema a menos que seja proposital ou necessário.
  • Não abuse das gírias. - Elas são marcas de um determinado tempo histórico. Ou seja, se você usar muitas gírias de hoje, elas não vão fazer sentido a daqui vinte anos, por exemplo. Mesmo nas falas das personagens, seria bacana evitar a menos que seja realmente preciso.
  • Cuidado com as exclamações.
  • Prefira definir do que indefinir - controle o uso de artigos indefinidos (um, uma, etc.)
  • Se o texto for longo faça um rascunho - principalmente se for sua primeira história! Faça um resumo geral do enredo, resumo dos capítulos, ficha de personagens, tudo que te auxilie a não fugir do foco da história.
  • Use dicionário - sério, use mesmo. Principalmente quando for usar sinônimos, as vezes as palavras bonitas e complicadas não cabem no contexto que você as usou.
  •  utilize palavras conhecidas - isso vale para a regra anterior. Usar palavras conhecidas diminui a incidência de equívocos e facilita a leitura. Contudo, não quer dizer que você vá restringir seu vocabulário, por isso o dicionário!
  • Evite os clichês
  • Seja parcimonioso com os "que"s. - Eu ainda tenho esse problema, o queísmo me assombra.
  • LEIA E RELEIA O QUE PRODUZIU - essa é a regra de ouro da boa escrita!
E é isso, gente! Claro que ele falou bem mais coisas na oficina, além de fazer a gente pôr a mão na massa hahaha, mas isso aí é o cerne do que foi dito. Então, agarra essas dicas e mãos à obra!

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

[Livro] Quiçá - Luisa Geisler

Ano: 2012
Páginas: 240

Sinopse: Arthur aparece na casa de Clarissa como um parente do interior, quase desconhecido. Jovem problemático, tentou suicidar-se, foi internado e, agora, irá passar um ano letivo com seus tios e com a prima de 11 anos. O primo desajustado vai mostrando, no seu tom monocórdio uma crescente humanidade em relação à Clarissa. Compartem da mesma solidão, num medo, talvez, de perder-se, de diluir-se, sem que ninguém os veja.

Como uma aspirante a autora nacional (mesmo que saiba que o Brasil não dá o menor crédito para os próprios autores) decidi ler um pouco mais do que é consumido dentro de casa, comecei com Raimundo Carrero, um autor que ha muito queria ler e, em minha segunda visita à biblioteca do SESC, acabei me deparando com Quiçá, segundo livro dessa mulher a ganhar o Prêmio SESC de Literatura que eu participo todo ano e agora finalmente entendi porque nunca ganhei.

Não sou das entendidas de literatura, mas posso afirmar que Quiçá foi escrito com o principal intuito de incomodar o leitor e, não necessariamente, de uma maneira "boa". Já vou dar a entender o motivo, antes, falemos um pouco do enredo central do livro, digo central porque, por vezes, a autora foge completamente do texto para contar um momento aleatório em alguma parte do mundo. A história vai girar em torno de Clarissa e Arthur, a primeira faz aquele estilo de "pobre menina rica" cujos pais workaholic não dão atenção, mas compensam a ausência com luxo. Ela tem onze anos, é solitária, vive para os estudos e o gato de estimação. Porém, sua vida está prestes a mudar quando Arthur, o primo do interior, vem morar em seu apartamento pelo período de um ano. Garoto problemático, tentou se suicidar e falhou, estava em uma clínica psiquiátrica, era filho da tia Cristina, que não estava preparada para ser mãe. O pai, bem, ninguém sabia.

Clarissa não gosta da presença de Arthur. Ele cheira a suor e cigarro e escruta música alta todas as noites sem deixar ela dormir. Ele tem tatuagens e fala palavrões. Mas Arthur gosta de Clarissa e se preocupa com ela, com a vida que ela não vive, com os amigos que não tem, com a atenção que não recebe. Ele, que já tentou pôr fim à própria vida sabe a importância de aproveitar o que não tem volta.A convivência aproxima os dois, é Arthur que está nos recitais de piano, nas reuniões de pais, nas consultas médicas, nas idas ao veterinário com o gato, nas aulas que ele ensina Clarissa a matar. Parafraseando a autora: "Clarissa não gostava, mas gostava."

E é isso gente. Esse é o enredo do livro todo. Contudo, apesar de parecer até bonitinho e tudo mais, na prática não é bem assim, sem contar que mesmo sendo um enredo bem simples ele não é raso, há profundidade nos temas que são abordados, ainda que não haja muita lírica na forma como são apresentados para nós. Uma das primeiras coisas que quero dizer desse livro é que a autora usa muitos recursos estilísticos juntos o que acaba cansando um pouco a gente como, por exemplo, escolher uma palavra ou expressão e repeti-la a cada começo da sentença seguinte "o carro vibra, os pais conversam, barulho da estrada...O carro vibra, barulho da estrada", ou colocar um monte de complemento em sequência  "[...] levava Clarissa para a casa de amigos, que falavam palavrões, que jogavam videogames violentos, que ensinavam Clarissa a jogar videogames violentos, que comiam salgadinhos, que bebiam álcool, que..., que..., que..."; e outro é colocar hífen entre as palavras de uma frase para que ela reproduza o modo como falamos "cada vez mais onde-é-que-tá-minha-bolsa". Esses são só alguns exemplos! O mais irritante, contudo, foi a televisão. Sempre que ela se referia ao aparelho usava  Full HD, conexão à Internet, com 3D, 52 polegadas, se a palavra Televisão for repetida 1150 vezes no texto, ela terá 1150 vezes essa expressão entre parênteses.

Okay, a ideia é passar o nível de consumismo dos pais de Clarissa, que é reforçada em outros trechos semelhantes como o tapete, a mesa de centro, a poltrona de panda ou outro detalhe do apartamento de luxo deles. Mas cansa. Muito! Acho muito válida a forma de demonstrar o descaso real com a depressão e o suicídio que ocorrem nas sociedades do mundo inteiro, as desigualdades e o exacerbado consumismo vazio que visa erroneamente preencher lacunas existenciais dentro das pessoas que, verdade seja dita, não sabem viver. Entretanto, o modo como esses temas são escritos na narrativa mostram-se muito crus (para não usar ocos porque não cabe), na verdade a narrativa dela é muito crua, seca, fria, coisa que pode não agradar a leitores que preferem livros mais poéticos ou com uma linguagem mais lapidada.

O tempo no livro também não é linear, o que pode se tornar muito confuso para separar o presente do passado uma vez que não há qualquer divisão entre um e outro, é tudo junto no mesmo texto para, talvez, exigir maior atenção do leitor em divisar o que está acontecendo no almoço em família (presente) com o que aconteceu desde que Arthur foi morar na casa de Clarissa (passado) e mesmo esse passado é contado de modo não cronológico o que nos obriga a montar a história por nós mesmos. Entre os capítulos há passagens, citações ou minicontos que refletem a decadência social e humana ou propõem uma reflexão sobre a morte. Contudo, há também algumas coisas totalmente deslocadas do contexto central, como, por exemplo "Precisa-se de chapista." (???). Com o perdão da ignorância, mas tanto esse quanto aquele número de telefone nos entre capítulos não soaram nem um pouco lógicos para mim. 

A impressão que tive quando terminei de ler foi que ela se empenhou tanto em abarcar tudo de errado no mundo que acabou construindo algo "moderno demais", daquele tipo de literatura que poucos entendem e quase ninguém gosta até virar moda entre todos os autores de ficção contemporânea. Além de que, a insistência em tornar os personagens verossímeis acabou culminando em personagens que não cativam e não conversam com o leitor, pelo menos foi o que aconteceu comigo. A narrativa em si não gerou impacto, a história não me cativou, Arthur é o estereótipo do adolescente rebelde que, pela ausência de afetividade, não liga para a vida, para os estudos, carpen dien. Clarissa foi um pouco melhor construída, mas tinha atitudes, postura e linguagem, muitas vezes, maduras demais para uma menina de onze anos.

Entenda, não estou dizendo que o livro é ruim. Não é. Estou apontando o que não funcionou pra mim enquanto leitora. Ela tem sim o mérito de ter construído algo que, apesar de talvez não ter sido bem compreendido por mim, foi louvado pelos renomados críticos avaliadores de um prêmio como o SESC, de modo que é sim, uma leitura válida, tanto que ela é considerada uma das autoras contemporâneas brasileiras mais "brilhantes". Quem sabe seja um livro para leitores mais experientes, quiçá eu o tenha pego em um momento errado. Não sei, apenas não funcionou comigo. Não me despertou o desejo de conhecer outros livros dessa autora.

Ando bem sem sorte nas escolhas nacionais esse período. O primeiro livro que peguei após O Senhor dos Sonhos foi "O preço de uma lição" que acabei abandonando por simplesmente não conseguir engolir as personagens rasas e o enredo desinteressante. Voltarei a ele em outro momento para ver se desce. Agora, vou me enveredar pelo comentadíssimo Nova Jaguaruara e ver por mim mesma se é merecedor do hype que o cerca. E continuarei buscando outros autores nacionais para ler e ver o que está sendo criado aqui, tem muita coisa interessante sendo feita em casa, gente, vamos procurar mais, valorizar mais, ajudar mais.

Então, vou ficando por aqui, até o próximo post!

domingo, 12 de agosto de 2018

[Escrita] Colocando travessão no word!

Olá, pessoas!

É muito recorrente nas histórias que vêm pra gente o uso de tracinho no lugar do travessão, até mesmo underline já vi gente usando. Gostaria de começar dizendo que, na literatura que conheço são usados apenas três sinais para assinalar diálogos:

"" geralmente em livros americanos e ingleses.

— em livros nacionais e em algumas outras partes do mundo.

└ ┘ (não tenho certeza se são esses ou ┌ ┐) em livros japoneses.

Então, não use o hífen para assinalar diálogos. E é o que vim passar pra vocês hoje, como colocar travessão no word. Por muito tempo também usei tracinho nas minhas histórias pelo simples fato de não saber colocar travessão no word! Que, pra mim, é o melhor editor de texto. Um amigo e leitor meu chamado Lucas me ensinou uma maneira bem prática de usar esse sinal no teclado com um comando bem simples e vou repassar para vocês em passos ilustrados! 

1. Abra o Word

dependendo da versão que você use, logicamente o processo vai ser diferente. Não sei se isso funciona para outros editores como o Libre Office ou o Open Office então não posso dizer. Não sei também que versão é essa minha, mas eu uso o windows 8.1

2. Vá em Inserir > Símbolo

clique para ampliar.

3. Selecione "Mais Símbolos"


4. Procure o travessão > Clique em Autocorreção

Certifique-se que os símbolos estão no subconjunto pontuação geral, há outros traços que parecem o travessão!

5. Escolha uma tecla!

Nessa caixa de diálogo, escolha uma tecla que facilite o uso do travessão, no meu caso eu uso o sinal de igualdade, sempre que você digitar essa tecla, o word vai corrigir automaticamente para o travessão, por isso não use uma letra ou um símbolo recorrente, procure uma tecla ou combinação que você não use muito. Lembrando que se que você apertar backspace (a tecla de apagar) o sinal escolhido volta para o original. Outra coisa a se prestar atenção é a deixar marcado texto formatado senão sempre que você digitar o travessão ele volta pra formatação padrão do word e não a que você estiver usando.



E pronto! Você está usando o travessão! 

quarta-feira, 18 de julho de 2018

[Escrita] O Gênero Conto

Oi, gente!

Tá meio difícil separar tempo para vir aqui, as coisas andam meio loucas desde a semana do NOGG desse ano. Mas, como tinha dito antes, vou falar sobre os três principais gêneros que englobam a escrita das nossas fanfics: conto, romance e novela. Vou ser bem básica com isso, porque se não vou acabar me estendendo muito e a coisa vai tomar proporções Jurassic Park e não queremos isso, não é?

Introdução


Bem, começando com o conto, segundo o dicionário:
1. LITERATURA
narrativa breve e concisa, contendo um só conflito, uma única ação (com espaço ger. limitado a um ambiente), unidade de tempo, e número restrito de personagens.
Bem, a primeira coisa que a gente percebe é que o conto é, dos três, o gênero menor. Apesar de ser tido como uma narrativa concisa, sabemos que há as exceções da vida, por exemplo, H.P. Lovecraft que o Hadou já fez um vídeo falando no canal (confere lá que é muito bacana) escrevia "contos" do tamanho de novelas, outro que faz muito isso também e ainda está vivo é o Stephen King, então, fica um pouco complicado encaixar conto como algo "breve", porque o que é breve para um autor pode não ser para outro. 

Os registros de conto, segundo o doutor em Letras e Literatura Carlos Eduardo Varella "remonta aos tempos antigos, representado pelas narrativas orais dos antigos povos nas noites de luar, narradas de pais para filhos, como forma de assegurar a transmissão da cultura e, dessa forma, a sobrevivência da espécie." Para saber mais sobre a origem do conto e suas modificações com o tempo, veja a bibliografia lá embaixo!

Estrutura do Conto

A estrutura do conto é fechada e objetiva, na medida em que esse tipo de texto é formado por apenas uma história e um conflito.

Sua estrutura está dividida em três partes:

  1. Introdução: apresentação da ação que será desenvolvida. Nesse momento inicial, há uma breve ambientação do local, tempo, personagens e do acontecimento.
  2. Desenvolvimento: formado em grande parte pelo diálogo das personagens, aqui se desenrola o desenvolvimento da ação.
  3. Clímax: encerramento da narrativa com desfecho surpreendente.

De acordo com a estrutura básica narrativa (introdução, desenvolvimento, clímax e desfecho), o conto, por ser uma narrativa mais breve, parte do desenvolvimento para o clímax.

Elementos do Conto

1. Espaço

Local em que se desenvolve a narrativa, seja numa casa, rua, parque, praça, etc. Por serem narrativas breves, o espaço no qual se desenvolve a trama, deve ser um espaço reduzido.

2. Tempo

Designa o tempo em que se passa a narrativa, sendo classificado em: tempo cronológico (exterior) e tempo psicológico (interior).

3. Foco Narrativo

Trata-se do narrador, sendo classificados em:

  • narrador observador: conhecedor da ação, mas não participante.
  • narrador personagem: o narrador é um dos personagens.
  • narrador onisciente: conhece a história e todos os personagens envolvidos nela.

Geralmente os contos são narrados em terceira pessoa, embora há muitos contos narrados em primeira pessoa, nesse caso, quando surge o narrador-personagem.


4. Personagens

Indivíduos que participam da narrativa, sendo classificadas, dependendo do foco em: personagens principais ou personagens secundárias. Por ser uma narrativa curta, o conto possui poucos personagens.

5. Diálogo

Elemento essencial do conto, os diálogos caracterizam a base expressiva desse tipo de texto. Eles desenvolvem os conflitos da trama, sendo determinados pela fala das personagens.

Formados por uma linguagem mais objetiva e metáforas simples, os diálogos são classificados em: diálogo direto, indireto e interior.

6. Epílogo

Corresponde ao clímax da narrativa, determinado pelo desfecho surpreendente, imprevisível ou enigmático da ação.


Os maiores contistas brasileiros são: Machado de Assis, Monteiro Lobato, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Luiz Fernando Veríssimo e Dalton Trevisan.

Dependendo da temática explorada, há diversos tipos de contos, do qual se destacam:

  • Contos Realistas
  • Contos Populares
  • Contos Fantásticos
  • Contos Eróticos
  • Contos de Terror
  • Contos de Humor
  • Contos Infantis
  • Contos Psicológicos

Extensão do Conto

Segundo outras definições, o conto não deve ocupar mais de 7.500 palavras. Actualmente entende-se que pode variar entre um mínimo de 1.000 e um máximo de 20.000 palavras. Mas toda e qualquer limitação de um mínimo ou máximo de palavras é descartada e ignorada por escritores e leitores.

O romance "Vidas secas" (de Graciliano Ramos), "A festa" (de Ivan Ângelo) e alguns romances de Bernardo Guimarães (1825-1884) e Autran Dourado, podem ser lidos como uma série de contos. Também "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "Quincas Borba" (de Machado de Assis), "O Processo" (de Franz Kafka), são constituídos por pequenos contos. São os chamados "romances desmontáveis".

Assis Brasil vai mais longe ao afirmar que "Grande Sertão: veredas" (de Guimarães Rosa), é um conto alongado, pois o escritor tê-lo-ia como narrativa curta. O "Grande Sertão", como sabemos, tem mais de 500 páginas. Todas essas colocações demonstram como é difícil definir o conto; mesmo assim, quem o conhece, não o confunde com outro género.

Sobre o conto, afirma Eça de Queirós, um dos maiores representantes da literatura portuguesa:
“No conto tudo precisa ser apontado num risco leve e sóbrio: das figuras deve-se ver apenas a linha flagrante e definidora que revela e fixa uma personalidade; dos sentimentos apenas o que caiba num olhar, ou numa dessas palavras que escapa dos lábios e traz todo o ser; da paisagem somente os longes, numa cor unida.”

Bom gente, por enquanto é isso. Leiam a bibliografia para ficarem mais informados sobre as nuances e a estrutura do conto. Inclusive, é preferível que se você é um autor iniciante (do zero) buscando por onde começar, comece escrevendo contos, pode acreditar em mim, é mais desafiador do que parece! No próximo post vamos conversar sobre o gênero novela (e não, não é a novela da globo!).


Bibliografia

 DIANA, Daniela, Conto, Toda a Matéria, disponível em:

MOTTA, Carlos Eduardo Varella Pinheiro. Conto, Infoescola, disponível em:

Wikipédia, Conto, disponível em:

terça-feira, 10 de julho de 2018

[Fanfic] O Antigo Lar das Crianças Suicidas

Autor: Úrsula Britto
Status: Em andamento
Capítulos: 11
Gênero: Fantasia, mistério
Plataforma: Wattpad, Nyah

Sinopse: Meu Caro Leitor,
Dizem as sábias línguas que há mais mistérios entre o céu e a terra do que nos convêm saber. Ressalvo meu pensamento, discordando. Há infindáveis mistérios entre a infinidade e o infinito. E na minha humilde solidariedade compartilho este enigma com você. 

Há um escrito e um autor, cujo conteúdo e vida possuem poucas certezas. Sondáveis foram os entusiastas que circularam por estas futuras páginas. No entanto seu mistério permaneceu sendo como ele era: indecifrável. 

Porque ler é que quebrar um enigma, enquanto a rima codifica um pedaço
O leitor decifra pela metade
O que acabou de ser descrito.
E quando se lê
Um pedaço de nossa alma, é roubado

Convido-o para ter comigo uma conversa - assuntos trocados de tinteiro para tinteiro - afim de esclarecer esse problema. Aguardo o dia em que descobriremos, juntos, a resolução de C.Irotik.

—S.Lawall

Oi, gente!

Como estão? Espero que bem. Essa resenha vai ser um pouco diferente porque não foi o Hadou que leu essa história e sim eu, o vídeo que sairá sobre ela no canal também sou eu quem vai aparecer >-< então, como é minha primeira resenha própria aqui no LB estou um pouquinho nervosa haha. 

Encontrei essa história quando, sem querer, estava perambulando pelo grupo do Nyah no facebook. Era um dos dias em que a história havia sido atualizada e ela - Úrsula - estava divulgando o novo capítulo no grupo. Pelo nome da história fiquei curiosa para saber do que se tratava, até porque a capa chama muito a atenção. Posso dizer que fui com um pouco de sede demais ao pote e.e porque criei muitas teorias na minha mente do que poderia ser o livro e fui surpreendida quando me deparei com o que ele era de fato.

Bem, a história não é linear e nem convencional (isso não é uma crítica, gente!) quando comecei a ler os primeiros capítulos, me lembrei de livros como A Outra Volta do Parafuso e Drácula, não apenas porque ela escreve de uma maneira muito singular, com aquela cara de livro clássico, sabe? Mas principalmente porque a história em si é contada de uma maneira muito singular. Poder-se-ia dizer que é um livro essencialmente epistolar

A primeira coisa que nos "pesca" em O Antigo Lar das Crianças Suicidas é que ele não tem, exatamente, um enredo por trás. A história vai sendo sutilmente montada para nós através de cartas, bilhetes e personagens que se interligam a obra de uma misteriosa autora chamada C. Irotik. Vários casos de morte foram relatados de pessoas cujos nomes foram escritos por alguém nas páginas dos livros dessa autora, há todo um estudo em torno dela e de sua obra inclusive, esse é um dos trunfos mais bem sucedidos da Úrsula, porque ela é tão metódica na sua escrita que tudo que lemos parece muito verossímil. Mas a Irotik é fictícia, tá gente? Haha.

Outra coisa que me fez ficar presa em todos os capítulos da história foi a maneira como ela é escrita. A linguagem usada pela Úrsula tem um lirismo poético que faz com que as palavras "cantem" para nós enquanto lemos, poucos autores mesmo consagrados conseguem esse feito. A história mexe com alguns temas filosóficos de maneira muito sutil e particular, trazendo elementos de clássicos canônicos da literatura com aquela cara de livro YA, mas encontrando o equilíbrio perfeito entre eles. Mesmo não sendo escrito daquela forma convencional, a gente consegue se sentir imerso na narrativa uma vez que somos convidados a nos juntar ao clube de literatura e desvendar os mistérios que cercam C. Irotik. 

O único problema que encontrei no livro foi realmente a revisão. Como a autora me convidou no facebook, pude perceber que alguns dos equívocos que ela comete no livro fazem parte da sua escrita rotineira mesmo, com certeza isso não é um problema de falta de leitura porque alguém que escreve como ela é, no mínimo, uma ávida leitora, acredito que seja mais um problema de atenção mesmo. Por isso, indico fortemente que contate um beta para os capítulos antes de postá-los, apesar de serem errinhos bobos que podem facilmente ser eliminados na revisão, eles travam um pouco a nossa leitura nos impedindo de aproveitar a história de maneira mais ampla, pelo menos foi o que senti.

Uma história original, instigante e misteriosa que vai fazer a gente criar teorias e desejar ardentemente por respostas, eu super indico O Antigo Lar das Crianças Suicidas! Inclusive, nesses primeiros capítulos ainda não teve uma ligação do enredo com o título, mas acredito que isso venha a ser esclarecido no decorrer dos capítulos. A história é montada maravilhosamente bem, com uma estrutura sólida e bem amarrada de alguém que sabe onde está pisando, os personagens não impactam à primeira vista por causa do estilo epistolar, mas conforme a história avançar e nós os conhecermos melhor vamos, com certeza, simpatizando com eles e seus conflitos.

Fica aqui minha recomendação forte não apenas para quem curte o gênero mistério e policial, mas para todos que querem adquirir vocabulário e compreender melhor a estética de um bom texto. Parabéns à Úrsula por sua magistral criatividade e trabalho.

O vídeo dessa resenha sai em breve no canal do Leitor Beta e então eu atualizarei o post com ele. Os links para a história estão lá em cima nas plataformas ^-^

Até a próxima, gente!


quinta-feira, 5 de julho de 2018

[Escrita] Gêneros Literários III - Dramático


Oi, gente!

Primeiramente gostaria de me desculpar pela ausência no blog, minha rotina enlouqueceu um pouco por causa da viagem, acabei ficando mais cansada do que previ e, por causa disso, o trabalho acabou atrasando um pouco. Estou em vias de, muito em breve, resenhar por conta própria uma história muito curiosa que me propus a ler, em breve vocês saberão qual é.

Bem, hoje a gente finaliza os gêneros literários. O gênero dramático, apesar de não ser muito utilizado por nós é de suma importância ser estudado uma vez que acrescenta consideravelmente para a escrita em prosa o conhecimento dos recursos que enquadram a escrita do roteiro. A principal característica de um texto pertencente ao gênero dramático é ser feito para ser encenado. Não existe um narrador que conta a ação, sendo o enredo apresentado através das falas das personagens, representadas por atores que vivenciam os acontecimentos. Assim, os diálogos e monólogos assumem uma importância fulcral. Aqui sim você usa o nome dos fulanos em cada fala! O maldito Pov.

Características do gênero dramático

  • É construído para a sua encenação, estando dividido em atos e cenas;
  • A história é contada pela fala das personagens;
  • Apresenta indicações cênicas que auxiliam a representação.

Estrutura do texto dramático

A estrutura do texto dramático, independentemente de ser feitos em verso ou em prosa, atua como facilitadora da dramatização. Para tal, fornece elementos auxiliadores da representação, como indicações do cenário, da música, da iluminação, do figurino,..., bem como outras indicações cênicas - chamadas rubricas ou didascálias - que guiam o ator durante a peça de teatro. 

Assim, um texto do gênero dramático apresenta esses dois tipos de conteúdos: o discurso direto das personagens e as indicações cênicas (rubricas ou didascálias).

Os textos dramáticos estão subdivididos em atos e cenas e apresentam o nome da personagem que dialoga antes da sua fala, marcando assim a sua entrada em cena. Normalmente segue uma sequência linear de: situação inicial, complicações com um ponto culminante (tensão) e desfecho.

Atualmente, as peças teatrais tentam aproximar os conflitos vividos pelas personagens dos conflitos vividos pela audiência, privilegiando-se a liberdade de expressão. Com a tendência atual de converter qualquer tipo de texto para representação teatral, são cada vez mais infrequentes textos puramente do gênero dramático.

Subgêneros do gênero dramático

Auto: Peça teatral sobre temas religiosos ou profanos com teor moralizante que, através de alegorias, visa satirizar e educar. As personagens são frequentemente representadas de forma abstrata: a bondade, a fome, a inveja,...

Comédia: Peça teatral que visa criticar os defeitos humanos e da sociedade através da exploração de situações ridículas e cômicas do cotidiano. As personagens são maioritariamente estereotipadas.

Tragédia: Peça teatral sobre um acontecimento trágico, que retrata adversidades e sofrimento das personagens, culminando num final funesto. Visa impressionar a audiência, provocando terror e compaixão.

Tragicomédia: Peça teatral que mistura características da comédia e da tragédia. São abordados assuntos trágicos e é retratada a desgraça das personagens com elementos cômicos e toques de humor.

Farsa: Peça teatral sobre situações grotescas e ridículas da vida cotidiana e familiar. Apresenta um caráter exageradamente caricatural e satírico. Visa criticar a sociedade e provocar o riso da audiência.

Fonte: https://www.normaculta.com.br/genero-dramatico/

quinta-feira, 28 de junho de 2018

[Fanfic] Jardim dos Suicidas - Análise do 1º Capítulo

Autor: ThaisFernandes0910
Status: Em andamento
Capítulos: 07
Gênero: Mistério, Assassinato, ação

Sinopse: Um suicídio dentro do Jardim do Éden, o parque botânico de uma evitada comunidade aos arredores de Nova Orleans, é o necessário para que a nuvem negra que sobrevoava a cidade se dissipasse, porém não o suficiente para erradicar sua má fama. O garoto encontrado enforcado no bosque é o manipulador e extremamente popular Elijah Bishop, herdeiro de um império de vinhos e portador dos segredos mais nefastos da sociedade local. 
 Entretanto, enquanto deveriam estar escolhendo suas roupas luxuosas para a formatura e resolvendo suas questões nem um pouco louváveis, Yannick, Violet, Vince, Hannah e Mike têm que lidar com o fato de que o sangue de um Bishop está cravado em suas unhas.
 Quando o que parecia ser um caso isolado a ser jogado para debaixo do tapete se torna uma onda de suicídios incontrolável, celulares  são confiscados, palestras motivacionais são feitas e a palavra "assassinato" sendo sussurrada pelas ruas fazem a cidade virar de cabeça para baixo.
Correndo o risco de serem apontados como suspeitos, trocarem as grifes pelo uniforme penitenciário ou linchados pelos próprios vizinhos, os cinco adolescentes iniciam uma investigação independente cheia de mentiras e trapaças.
 Narrado por um rei sedento por poder tentando se acostumar com o mundo dos mortos, Jardim dos Suicidas pode lhe fazer descobrir como levar os culpados ao inferno. Menos você, é claro.

Eu deixei essa história por último porque sabia que provavelmente teria algum problema com ela, nem tanto pela escrita, mas pelo tema (embora eu vá ler uma pra resenhar em breve com um tema parecido). Nas tags que a autora usou para classificar a história eu vi "heresia", particularmente tenho sim a crença de que literatura é algo além de qualquer espécie de dogma, contudo, o leitor seleciona aquilo que lhe apetece ler, de modo pessoal, não gosto de ler ou ouvir coisas que ferem a minha crença porque acho que a crença de todo mundo, independente de qual seja, deve sim ser respeitada por todo o tipo de arte e comunicação. 

Bem, Jardim dos Suicidas apresenta já no primeiro capítulo um grupo de amigos em um lugar chamado Jardim do Éden ou Novo Éden com um cadáver enquanto debatem sobre o que fazer com ele, aparentemente a vítima, Elijah Bishop, morreu no meio de um trote e mesmo em meio a situação nenhum dos garotos parece muito preocupado com o resultado de seus atos. A narração é feita em segunda pessoa por assim dizer, como se o narrador estivesse conversando com você intimamente para contar seus podres mais sórdidos porque é exatamente essa a sensação que você tem durante a leitura desse capítulo.

O livro traz algumas reflexões a respeito das relações interpessoais e da morte, muitas das hipocrisias que rondam a morte. É cheio de um humor negro que algumas pessoas podem não entender e outras podem não gostar, então não posso dizer que é um livro para todo mundo. É uma história muito bem escrita, alguns errinhos básicos que sempre escapam da gente, mas de um modo geral é impecável, apesar de tratar de um tema pesado e de a história em si ter aquele clima sombrio com personagens tipicamente rebeldes e frios, palavrões e drogas, ela sabe bem usar as palavras ao seu favor, ponto para a autora!

Não há muito o que dizer, a capa é bem enigmática, como não li a história inteira (e tampouco ela está completa) não dá para dizer se condiz, mas é bem feita. A sinopse está igualmente bem construída, não vi nada que precisasse de ressalvas mais rígidas, a autora parece estar muito atenta e zelosa com seu trabalho, este é o primeiro livro de uma série que envolve tabus da sociedade desejo boa sorte a autora e caso a temática te interesse e você seja maior de idade (não recomendo de forma alguma a leitura para menores) está aí uma boa aposta de leitura, não apenas para descobrir o que parece ser um bom thriller (embora não acredite que ela vá seguir por esse caminho) como para estudar a composição de um bom livro.