Gêneros: Ação, Aventura, Ficção, Ficção Científica, Luta, Magia, Romance e Novela, Shoujo (Romântico), Sobrenatural, Universo Alternativo, Violência
Hospedagem: Spirit Fanfictions
Sinopse: A cada dia que se passa a humanidade da um passo para o fim, perdida em sua ignorância e crueldade, cega pela sua ganancia. A sua maldade está se espalhando como uma epidemia pelo mundo, alimentando as chamas do inferno que se ergue para a batalha, uma batalha devastadora que assolou um mundo mais antigo que a própria terra.
Mas nem tudo está perdido, ainda há pessoas pela qual vale a pena lutar, pessoas boas que vivem entre o mal, como estrelas em um céu sombrio. É por essas pessoas que eles lutarão, são por elas que o mundo verá o nascer do sol mais uma vez.
Estou tentando me organizar para ir trazendo as análises para cá de acordo com a minha agenda (sim, eu uso uma!) e com o tipo de vídeo que tem no canal do leitor beta (que são muitos, por sinal!), é um pouco difícil converter os vídeos em texto e transformar isso em uma coisa coerente, entendem? Por isso, se a sua história já foi analisada, mas ainda não apareceu aqui, por favor, paciência, eu vou colocar. Mais uma coisa, a equipe de análise é muito pequena, gente, então, se você enviou sua história, mas ainda não foi analisado, espere mais um pouco, tudo bem? Sua análise vai sair.
Hoje temos um post de análise dupla, esse é um vídeo em que o Hadou, idealizador do LB, comentou sobre três histórias, entre elas uma era minha e por isso não vou listá-la aqui, não é ético a autora comentar a própria história, não concordam? Sem contar que, mesmo que ele tenha apresentado a análise dele, não me sinto confortável sequer em reproduzi-la aqui porque é estranho escrever sobre meu próprio livro. Então, vou me ater a comentar apenas as fanfics de outras pessoas, principalmente porque muitas delas eu preciso ler para tecer comentários adicionais que o Hadou não pôde fazer no vídeo. Eu vou iniciar a análise com os comentários que ele fez no vídeo e, posteriormente, vou dar minhas ponderações a respeito do primeiro capítulo da história. Dito isso, vamos nessa!
Angels - O despertar é uma história escrita em terceira pessoa e faz parte de uma trilogia em 3 atos que conta a história de Hunter, um rapaz que busca respostas para as alienações que estão ocorrendo em seu mundo. É uma história maravilhosa que mescla ação e terror de forma muito leve graças ao alívio cômico dado pelo autor tornando-se uma boa aposta para os amantes de distopia e mundos pós-apocalípticos.
Tem prováveis influências de jogos como Devil May Cry em que as ações ruins dos humanos atuam como "alimento" para demônios conferindo-lhes força, a guerra acontece em um plano espiritual que não é visto pelos humanos, não tem graves erros de ortografia, mas peca um pouco na concordância. Num cômputo geral, Angels é uma história envolvente com uma escrita magnética que usa a terceira pessoa sem descrições exageradas, mas deixando tudo muito claro para o leitor semelhante ao estilo do Rick Riordan, é uma escrita muito suave com uma leveza que não cansa principalmente porque vai intercalando a história central com episódios de ação e aventura o que equilibra bem o ritmo da narrativa. Ainda conta com o excelente recurso de omissão para prender o leitor com questões que o próprio protagonista faz e que, provavelmente, serão respondidas no decorrer dos atos.
Em minha análise pessoal, começando com os recursos de apresentação, achei que a capa tá bem okay, condiz com o clima e o conteúdo da história e não passa um excesso de informações. A sinopse foi bem construída, mas carece de algumas informações de atração ao leitor, informações que puxem para a narrativa em si. Contudo, dá a entender que além do clima fantástico que permeia o corpo da ideia a se desenvolver, tem um certo teor reflexivo que é muito válido principalmente em histórias que envolvem esse cunho "religioso" que pode agir como uma faca de dois gumes caso o autor não saiba calibrar sua narrativa para que seja algo unânime que não fira a crença de ninguém.
Partindo para o primeiro capítulo, intitulado Pesadelo, percebo que há uma certa discordância entre o tempo verbal escolhido para a narração, parece que o autor fica em constante conflito entre o tempo presente e o passado o que dificulta ao leitor saber em que momento a cena está acontecendo. Quando escrevemos uma história em terceira pessoa, o cenário se torna nosso principal personagem, assim como pode-se narrar a visão de uma personagem em terceira pessoa, ainda assim essa segunda opção volta para a primeira. Há algumas discrepâncias na acentuação como o uso de acentos onde não há acentos e a ausência onde deveria haver (mas quem nunca?) sem contar na pontuação como um todo, contudo, se ele tem um beta reader como o Hadou disse no vídeo, seria interessante conversar com ele a respeito e pedir que focasse um pouco mais nessa parte.
Os recursos narrativos são pouco utilizados e a escrita é num todo muito simplista e despreocupada (o que nem sempre é bom), certo, eu posso estar sendo meio carrasca, o rapaz disse que só escreve por diversão e tudo mais, mas vejam, o objetivo do blog é auxiliar os escritores, não? Não estou diminuindo em nada a história do rapaz, estou apontando onde acho que ele pode trabalhar mais, apenas isso, muitos desses "erros" que ele comete podem facilmente ser corrigidos com leitura mais assídua, como por exemplo as vírgulas nos vocativos e a escrita de palavras básicas como consigo. Ele não deixa claro em que lugar a história se passa (pelo menos não no primeiro capítulo) e apesar do nome do personagem principal ser americano o da sua irmã, Beatriz, e da mãe, Sofia, podem indicar várias possibilidades entre elas o Brasil, é por isso que a primeira interação entre esses três personagens é feita de maneira... como direi? Descontextualizada. Vou usar essa por falta de uma palavra melhor. Esse diálogo ficou muito fora de tom e, na revisão, aconselho a tirar ou remodelar.
A transição tempo/espaço também é confusa. O modo como ele muda o tempo e os cenários não são explicados de maneira que o leitor se situe dentro da narrativa, esse é outro ponto que deve ser observado. Os primeiros capítulos, geralmente, apresentam o personagem ou a questão central da obra (ou os dois mais comumente), contudo as coisas no primeiro capítulo de Angels são meio bagunçadas, a tentativa de criar tensão, sem os recursos metodológicos que uma narrativa desse porte exige, se tornam pouco efetivas e, de novo, reitero que falo isso como leitora e autora há 21 anos, não estou tentando me por a cima de ninguém, pessoal (as pessoas tendem muito a pensar isso), eu estou falando essas coisas como forma de ajudar o autor a melhorar, minha função nesse blog, enquanto organizadora, é essa. Mostrar os dois pontos de vista da questão, do Hadou enquanto idealizador e resenhista e o meu enquanto organizadora e leitora, tento contribuir com a minha experiência que apesar de não ser muita, recebeu ajuda de pessoas que realmente entendem do assunto. Estou dividindo o que aprendi, apenas, não estou criticando o trabalho do rapaz para derrubá-lo, pelo amor de Deus, não encarem dessa forma.
A título de exemplificação, separei um trecho do texto dele que mostra muito do que eu pude analisar nesse primeiro capítulo:
Notem que é necessário o uso de travessão, a narração é simplista e sem quase nenhum recurso e mesmo as descrições de espaço são feitas de maneira muito direta, meio como aconteceu com a última análise de capítulo, The Crow and the Butterfly, fica uma coisa um pouco "seca" porque o autor não usa de qualquer lirismo para fazer a narrativa fluir de maneira mais leve. Reescrevi esse trechinho para exemplificar mais ou menos o que quero dizer:
— Que droga de sonho foi essa? — Praguejou consigo mesmo chutando as cobertas de cima do corpo e sentando-se na cama.
Hunter passou os dedos sobre os olhos castanhos, ainda sonolentos, pressionando-os numa tentativa um pouco falha de fazê-los adaptar-se à luz da manhã. Deslizou os dedos pelo rosto afastando os cabelos escuros e desgrenhados da testa, sem sucesso, uma vez que voltaram para onde estavam. Com um bocejo cansado, espreguiçou-se e arrastou-se para fora da cama na tentativa de começar o dia.
De pé, passou os olhos pelo quarto, tudo parecia costumeiramente normal, o guarda-roupas escuro em um canto da parede com uma das portas entreaberta — que ele desistira de consertar há tempos —, a escrivaninha em frente a única janela no cômodo onde seu laptop repousava ao lado de algumas revistas sobre games e HQ's, alguns cadernos e o pequeno relógio que, ele lembrou, também estava no estranho pesadelo. Os raios de sol escapavam pelas frestas da persiana formando padrões paralelos no pequeno local. "Foi só um pesadelo" lembrou a si mesmo. Se repetisse aquilo vezes o suficiente, talvez fosse capaz de acreditar.
Bem, essa é a minha contribuição para a história do senhor Wolford, pelo que o Hadou falou a história parece seguir um plot interessante, embora não seja meu tipo de enredo favorito, notei pelo primeiro capítulo que o trabalho de personagens ainda está em progresso lento e, para uma história de 3 partes acredito que um trabalho melhor de planejamento ajude a melhorar o ritmo e a cadência da prosa. Mas, novamente, é minha opinião e apenas um conselho.
Gêneros: Ação, Aventura, Crossover, Drama (Tragédia), Fantasia, Ficção, Ficção Adolescente, Mistério, Romance e Novela, Saga, Shonen-Ai, Sobrenatural, Suspense, Terror e Horror, Violência
Hospedagem: Spirit Fanfictions
Sinopse:
Vingança, este é o objetivo.
A justiça deve ser feita a todo custo.
A Mansão EastWood deve ser destruída, e tem que ser hoje!
"Angel:-Faremos elas pagarem por tirar a vida de nossos amigos, elas vão se arrepender por terem cruzado nosso caminho."
O Hadou foi bem conciso ao falar dessa história e, pelo que entendi no vídeo, ela se trata de uma oneshot que é sequência de outras três ao qual está ligada de algum modo. É um tema, inclusive, que não posso opinar muito porque nunca li: youtubers. Ele falou sobre várias pessoas no vídeo que não conheço, então, vou meio que "mesclar" a opinião dele com a minha e dar um parecer da história sem spoilers. Provavelmente, como essa é a quarta de uma possível sequência, eu vá entender pouco da história, por isso vou me ater aos termos técnicos referentes à produção narrativa como fiz com a história anterior.
Haunted House é uma história escrita em primeira pessoa e tem um tema que eu até então não tinha visto: youtubers, não sou uma frequentadora do Spirt Fanfics, então imagino que as categorias lá são bem amplas ao contrário do Nyah e do Wattpad mesmo que esse último seja relativamente "livre". Logo de cara a gente já vê que ela é narrada com os famigerados POV's e aquelas histórias de coisa on e coisa off, gente, repito: não façam isso nas histórias! A menos que você esteja escrevendo um roteiro esse tipo de recurso não cabe em narração nem esteticamente, nem literariamente. Independente de você escrever por hobby ou por querer mesmo se construir como autor, a apresentação e o zelo com a sua narrativa dizem muito sobre você e o seu domínio de leitura.
A escrita dela, apesar de simplista, é um pouco mais sólida que o autor anterior. Mas ainda carece de muita técnica narrativa advinda da prática e da leitura constantes. O modo de assinalar os diálogos é outro ponto que mostra isso, novamente, não façam isso se não estão escrevendo um roteiro (e acredite, escrever um roteiro é mais difícil do que parece!), vê-se que ela tem preocupação em descrever os espaços e objetos, ainda assim isso é feito de maneira um pouco abrupta e com um ritmo que, ao invés de contribuir para a eloquência do texto, acaba dando a impressão de que está ali para "preencher a página". O excesso de espaçamento também dá uma aparência muito desleixada à história.
Não sei se isso aconteceu nos outros 3, mas para ser o 4º achei o desenvolvimento de personagem muito fraco, o capítulo dá a impressão de estar solto e desconexo, a personagem cria monólogos que nada têm a ver com o contexto em questão e os diálogos são muito ilógicos e pouco acrescentam ao desenvolvimento do enredo. Inclusive, acho muito desnecessário ficar jogando os capítulos de forma independente se as histórias são uma sequência, deveriam estar dentro de uma mesma história, mas isso é uma opinião minha. Concordo com Hadou quando ele diz que ela precisa, sim, de um trabalho maior no desenvolvimento de personagem e no desenvolvimento de narrativa também, isso como um todo. Falta técnica, uso dos recursos básicos de uma narração como organização, disposição de diálogos, descrição, etc.
Finalizando com os recursos estéticos, a sinopse está completamente sem informações relevantes acerca do enredo (e reitero que isso tudo devia estar em um arquivo só), a capa não chama a atenção e apesar de ser condizente com o contexto do enredo, para uma pessoa que não conhece a história (como eu) e "cai de paraquedas ali", sinceramente, não leria mesmo. Sugiro fortemente um trabalho — preferencialmente com o auxílio de um beta — de revisão, reformulação e estruturação de enredo.
Por enquanto é isso, pessoal, espero que tenham gostado das análises e me desculpem realmente se eu soei grossa ou arrogante, não é essa a intenção mesmo, estou aqui com o intuito de ajudar, só isso. Abaixo confira a resenha em vídeo do Hadou para essas duas histórias e até a próxima análise!