segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

[Fanfic] The Crow And The Butterfly (Análise Crítica 1º Capítulo)

Autor: ~thewhitecrow
Gêneros: Ação, Aventura, Comédia, Fantasia, Ficção, Luta, Magia, Romance e Novela, Shoujo (Romântico), Sobrenatural, Suspense, Violência
Hospedagem: Spirit Fanfictions
Capítulos: 6 (até a análise)
Sinopse: - Não consigo compreender.
- Você irá com o tempo, pequena.
A voz de Ben era acolhedora, apesar da situação. Tudo estava tão confuso, tão fora de ordem.
- Minha mãe sabe disso também?
- Infelizmente, Aysha, é a unica e maior mentira que já contei a sua mãe. - dizia meu padrasto, triste. - Mas não é culpa dela o dom que você carrega consigo. Não podemos envolve-la nisso.
- "Não podemos" - repeti, fazendo aspas com os dedos. - A organização? Porque eu poderia contar a verdade facilmente.
- Você quer arriscar a vida dela?
Naquele momento minha convicção anterior caiu e minha respiração falhou. Ele parecia bravo, preocupado com minha afirmação. Eu poderia mesmo arriscar a vida dela? Talvez uma mentira, mesmo que grande como essa, fosse mesmo necessária.
- Eu amo sua mãe. Quero protege-la tanto quanto você. Coloca-la nisso seria. . .
- Tudo bem. - respondi rapidamente, levantando as mãos em sinal de pedido para que parasse. - Eu me rendo. Participarei dessa loucura e mentirei para todos a minha volta. - ri, de modo irônico. - Por onde começamos?
Meu padrasto riu. Parecia satisfeito com minha resposta. E assim, meu tour pela base começou. Naquele dia, eu mal sabia que meu companheiro de missões seria Gale, aquele com quem jamais deveria ter cruzado.

Olá, pessoal!

Então, algumas histórias foram analisadas no canal, mas não estão mais postadas, outras por causa do tamanho do vídeo não puderam ser muito comentadas e esse é o caso de The Crow and The Butterfly em tradução livre, o corvo e a borboleta. O que eu vou fazer aqui é uma extensão do vídeo em que o Hadou e o outro carinha que eu nunca lembro o nome (ignorem isso, eu sou a antissocial da equipe) fizeram. Para poder falar com um pouco mais de propriedade eu mesma li o primeiro capítulo da história e trarei aqui alguns pontos que acho relevantes não apenas para o aprimoramento da história, mas para a jornada da autora no meio literário. 

Vou começar comentando os aspectos visuais da história, a arte de capa é, ao meu ver, muito simplista e diz muito pouco sobre a história uma vez que apenas um dos elementos está representado., a fonte não destacou com o cinza e, num todo, não é uma arte que chama muito a atenção ou que casa com o título. A sinopse deve ser refeita, o recurso de usar diálogo como sinopse funciona em poucos casos e nenhum dos poucos casos é o dessa fic. Além de não dar nenhum tipo de informação sobre o enredo e, apesar de ter sido usada como um recurso de chamar atenção, a ausência de informações sobre o tipo de história que se vai ler pode funcionar como um desestimulante para o leitor.

Dito isso, vamos para a análise do primeiro capítulo. No vídeo, os garotos leram o primeiro capítulo e deram um parecer mais geral sobre a escrita dela "muito boa e não cansativa", mas vou fazer um apanhado mais abrangente sobre o que li, destacando os pontos fortes e dando dicas que possam melhorar tanto a estrutura narrativa em si quanto a composição da história como um todo. The Crow and The Butterfly é uma história original escrita em primeira pessoa e narrada pela personagem central do livro: Aysha (que nome interessante, viu!), já no início da história ela está sendo deixada pelo namorado que pôs fim no relacionamento de três anos aparentemente porque ela está indo embora da cidade.

Logo, o tempo espaço corta e ela chega em casa onde a mãe e o padrasto estão prontos para viajar, eles pegam a estrada rumo ao seu "recomeço".É um pouco difícil avaliar uma história por um capítulo de modo que não posso ser muito rigorosa e não me dá muita informação para embasar minha opinião. Primeiro gostaria de sugerir que usasse-se o travessão para marcar o diálogo, muita gente usa tracinho e pensa que dá no mesmo, mas não dá, principalmente na estética do texto. Outro ponto a ser levado em consideração são as vírgulas nos vocativos.

O texto é escrito de forma muito simples e, por ser uma narração em primeira pessoa a autora aposta no coloquialismo influenciado pela prosa moderna para dar um tom mais pessoal à narrativa, o que, por um lado, deixa a leitura mais fluida e, por outro, tira um pouco do lirismo da prosa deixando o texto com um aspecto muito simplista, contudo, é válido e essa é apenas a minha opinião. Do mesmo modo a narração é muito simples também, com quase nenhuma descrição de nada o que deixa pouca margem para imaginação, mas que acredito que vá se corrigindo conforme o enredo avança, e sem o uso de ferramentas narrativas que forneçam um equilíbrio estético entre o coloquialismo e a prosa poética, quando digo isso, digo que falta um pouco de lírica no texto, ele está simplista demais, mas novamente assumo que é minha estrita opinião.

Outra sugestão à autora seria o uso de um prólogo que evidenciasse melhor o caráter da personagem central ou que instigasse a imaginação do leitor acerca do mistério central da trama. Inclusive, esse próprio diálogo que ela usou de sinopse poderia ser retrabalhado e usado como prólogo. Acredito ser necessário um trabalho de texto mais intenso para enriquecer a narrativa enquanto texto escrito. No que tange ao enredo posso dizer muito pouco sobre o primeiro capítulo porque ele não diz muito da história, as personagens que apareceram não causaram nenhum impacto, os eventos do primeiro capítulo, que normalmente são para apresentação de personagem, não chamaram muito a atenção e o gancho dado para o próximo capítulo foi muito sutil.

Essa foi a minha impressão lendo o primeiro capítulo de The Crow and The Butterfly, os meninos, no vídeo, elogiaram a escrita da autora e eu a parabenizo pelo trabalho, ainda assim, acho que necessita sim de um pouco mais de leitura e de um trabalho mais intensivo e elaborado na hora de compor os capítulos. Lembre-se que somos autores e, como tal, estamos em constante busca pelo aperfeiçoamento e me coloco no meio disso também. Não esqueçam de se inscrever no canal do Leitor Beta no youtube e curtir a página no Facebook.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

[Fanfic] Camouflage | A História de Um rei (Análise de Capítulo)

Autor: Woodley
Status: Em andamento
Categorias: Justin Bieber
Hospedagem: Spirtit Fanfic
Gêneros: Drama (Tragédia), Famí­lia, Romance e Novela

Sinopse: O que os fez escolher uma vida morna? A resposta está estampada na distância em que tomaram. 
Clarissa Bieber recebeu uma tentadora proposta, na qual, levaria sua carreira ao ponto mais alto. No entanto, durante um ano teria que passar afastada de seu marido, Justin Bieber e de sua pequena filha, Violet. O acordo foi feito, seria uma série de desfiles por toda Paris, a consagrada cidade luz, mas tudo perdia o encanto quando cada mês passava arrastando-se. As consequências de sua escolha era o sofrimento e o desanimo que sentia, eles vinham carregando-a de espinhos sagaz, prontos para magoar e só ele, apenas Justin tinha a liberdade de tira-los. 
O tempo muda constantemente e tudo se transforma com ele e nada permanece igual. As promessas são quebradas pela mudança que houve com o tempo. Mas esse era o ponto que devia ser alcançado? Será que ainda existe o que existia antes? Será que existe luz no ‘fim do túnel’? Será que o amor ainda existe?

Oi, gente!

Então, trazendo mais duas análises aqui, esse foi o segundo vídeo de análises do canal, havia 03 histórias resenhadas, mas a Behind the lens I saw You foi excluída pela autora, então não vou trazê-la para cá (até porque nem tem sentido). Como o vídeo é com mais de uma história, o Hadou faz aquele apanhado geralzão sobre o livro, isso me ajuda a entender melhor do que se trata e o que eu posso esperar, até poque ele lê a história toda (ou até onde foi postada), eu faço uma análise mais estrutural só no primeiro capítulo pra ver como o autor escreve, por isso ele dizer no vídeo a respeito do enredo me ajuda a entender melhor o que eu estou lendo.

A primeira história então é a Camouflage (ou camuflagem), ela é uma fanfic de Justin Bieber, pelo que ele disse no vídeo sobre ela ser interessante e ter uma boa interação de personagens, tirou um pouquinho minha rixa com o cantor, eu não sou fã dele e não leria uma história em que ele é o personagem principal, apenas. Contudo, a observação dele de que a história tem muito potencial para ser uma original me fez ficar pensando a respeito das categorias, seria um ponto a ser observado, quando a gente restringe uma história à uma categoria específica como banda, cantor, ator, livro, série, etc. temos que ter em mente que isso restringe um pouco a visualização daquele livro àquela comunidade específica, impedindo muitas vezes de atingir outros públicos que poderiam se interessar no enredo em si.

Começando pelos recursos de informação da história, a capa é... bom é bem feita, não me diz muita coisa e é bem particular o fato de eu não ter gostado da escolha de cores. Não posso dizer se é uma capa conceitual porque não li a fanfic toda, mas pelo menos é uma montagem boa ao contrário de muitas que eu vi pelo site. A sinopse, bem, eu não posso dizer que ela é bem escrita na estética em si, mas ela supre sim os requisitos de uma sinopse bem construída, dando informações relevantes do enredo para atrair o leitor, mas sem revelar demais. Contudo, amiga, vamos dar uma revisada aí, né? Muita redundância e pontuações fora de contexto (não que eu seja a maga da gramática também, mas é um toque).

O primeiro capítulo, Unwanted reception, começa até bem, mas aquele Point of View Clarissa Grace Bieber meio que me deu aquela desmotivada. Pessoal, uma dica da tia Kath, coloca só o nome da fulana ou do fulano que vai narrar, pronto. Só precisa disso. Nada de POV Fulano. A história é escrita de um jeito simples, mas não ruim, de cara eu posso ver que é uma autora iniciante, mas pelo menos ela já leu alguns livros na vida, tem uma noção de narração e escreve bem, só precisa maneirar os coloquialismos. Mesmo sendo uma história em primeira pessoa, não é bom "desleixar" demais a narração das personagens, nos diálogos não tem tanto problema, mas na narração não é muito bacana. Outra coisa é a organização de parágrafos, eles precisam ser divididos melhor (eu já cometi esse erro e não foi bacana), tente deixá-los de um tamanho bacana para que não quebrem seu raciocínio e, ao mesmo tempo, não fique esteticamente feio.

A cronologia está meio maluca também. O capítulo começa à 1:00 a.m. ela diz que está ali há 3 horas esperando, o que (se eu não estiver errada), me diz que ela chegou lá as 22:00 p.m, certo? Só que dois parágrafos depois o sol já está nascendo, como se passaram 4 horas assim? Sem quebra, sem nada. Seria bom ver isso, dar uma quebra de texto para organizar melhor, colocar uma cena no meio ou algo assim. Ela usa travessão nos diálogos, o que é maravilhoso! A vida dos meus textos mudou quando eu aprendi a colocá-los. Contudo, a utilidade deles ou a substância, pelo menos nesse primeiro parágrafo, não é muito válida. A escrita da história não é ruim, mas não é competente, entende? 

O Hadou destacou em sua análise que é preciso um maior detalhamento de cenários, de fato apesar de histórias em primeira pessoa não precisarem de um foco tão profundo quanto as em terceira, é realmente válido situar o leitor no local que o personagem está e na reação que esse ambiente causa nele. O primeiro capítulo que normalmente introduz o conflito e a personagem foi apenas parcialmente efetivo no cumprimento desse papel. Entendemos sobre o conflito e a relação da personagem a ele, mas a construção dela em si não foi bem feita na narração do capítulo, não teve substância, sabe? Não impactou. Sugiro um melhor trabalho na construção da identidade da personagem e no desenvolvimento de enredo e narrativa. A sua escrita é realmente boa, mas você pode muito mais! 

Autor: Reiko
Status: Em andamento
Categorias: Original
Hospedagem: Spirtit Fanfic
Gêneros:  Ação, Famí­lia, Fantasia, Ficção, Luta, Magia, Romance e Novela

Sinopse: A Historia do garoto elfo chamado Reiko, que busca por conhecimentos do mundo a sua volta e o que a magia pode afetar nele

Então, passando para essa segunda história, o Hadou foi bem vago a respeito dela de uma maneira geral, no vídeo ele fala que é uma espécie de spin off de uma história que ele escrevia com amigos e o Reiko participava, contudo é uma história independente então dá para ler e entender mesmo que não tenha lido a "história matriz" por assim dizer. 

Em se tratando de recursos de informação a história peca muito. Vamos encomendar uma capinha, né amigo? Olha, eu falo essas coisas porque são erros que eu já cometi, gente (eu não me acho o ser supremo perfeito que já começou no vigésimo andar não), esses recursos chamam atenção do leitor e são o primeiro contato dele com a obra, por isso insisto que não podem ser negligenciados.Vou te dizer que a história não tem sinopse, porque você escreveu uma descrição básica do conteúdo e não uma sinopse, recomendo fortemente que escreva ou encomende uma, sério.

Bem, partindo para o capítulo Um intitulado "Vamos lá", é escrita em primeira pessoa, a narração é bem simples mesmo e acho que vou fazer um post aqui ensinando algumas formas de usar o travessão do mesmo jeito que meu amigo me ensinou um dia para que eu me livrasse dos tracinhos, ao que parece meu problema é mais comum do que eu pensava. Antes de continuar falando da escrita, gente, deixa eu dizer uma coisa, de todos os gêneros narrativos que eu já li, a fantasia medieval, na minha concepção, é a mais difícil de fazer, porque ela pede muito mais que criatividade, ela exige um trabalho muito mais laborioso de criação de mundo, de raças, de estratégia, de muita coisa

Então, o primeiro erro do Reiko na sua história foi exatamente esse, não planejar. Muitas das pessoas que vão acessar a sua história podem não conhecer a história do Hadou, da qual a história do seu personagem foi tirada. Por isso, você precisa situar o leitor primeiro no universo do seu personagem. E quando digo situar é situar mesmo, como é o mundo? Onde é? Quem faz parte? Quais são as regras? Quem governa? Entre as doze milhões de outras perguntas que uma história desse gênero pede. É um processo que, para esse gênero principalmente, não pode pular. 

Outra coisa é o tempo verbal. Veja, se você começa usando os tempos verbais da história no presente, então faça todo a narração no presente. A oscilação de tempo verbal nesse caso é aceita apenas em pequenas ocasiões como memórias, por exemplo. Assim como a história anterior, a narração e os diálogos aqui não são ruins, só não são eficientes, expressam uma certa superficialidade que indica um trabalho precário de personagem, nem a narração nem os diálogos caracterizam as personagens envolvidas e os diálogos parecem mais cumprir uma função "preenche página" do que ter uma razão real para estar ali. Os acontecimentos são abruptos e cortados de maneira descontextualizada e a história em si parece deslocada em tempo e espaço não permitindo uma imersão real do leitor na narrativa. 

Também como na história anterior a divisão de parágrafos (nesse caso a quase ausência deles, por bem pouco não virou a dialética de Reiko!) precisa ser definida. O texto em si parece bem bagunçado esteticamente. O meu conselho para você, Reiko é planejamento. Você precisa de um plano bem abrangente e condizente com o gênero da sua história que, parabéns pela coragem, é um dos mais difíceis de escrever. Segundo conselho é ler mais livros desse gênero, como, tomando por base o primeiro capítulo, O Senhor dos Anéis, o Hobbit, O Nome do Vento, o Clã dos Magos, de alguma forma acho que eu te indicaria até mesmo os Instrumentos Mortais apesar de ser uma fantasia moderna. Procure outras fantasias que se encaixam no estilo do seu livro e te agradem e leia, os livros são a melhor escola de escrita que existe. Mas pesquise sobre o assunto também, tanto o worldbuilding em si como as técnicas de construção narrativa. Isso vale para a guria da história anterior também, vamos ler mais, amiga!

Ah, e antes de concluir só uma ressalva que eu preciso fazer porque meio que fiquei com isso na cabeça depois que li, a frase é "Sem e nem piedade", Reiko, e não "Sem dor e nem piedade".

Bem, é isso por enquanto, gente! Logo mais eu volto com mais análises, resenhas e novos posts sobre escrita! 

Até mais!

domingo, 30 de outubro de 2016

[Fanfic] Uma Híbrida na Multidão (Análise do 1º Capítulo)

Autor:  __PrincessJin__
Gêneros: Drama (Tragédia), Festa, Ficção Adolescente, Romance e Novela, Shoujo (Romântico)
Categorias: Minecraft

Sinopse: Ela achava que sua vida era péssima, sua irmã se cortava, seus pais já foram ameaçados de morte e ela já havia sido arrancada a força de casa e ficado 13 anos longe dos pais e 14 de sua irmã que ela tanto amava…mas ela conhece um homem que mudou a sua vida, essa é a história de Catharina que só queria uma vida normal, mas ela passa por coisas que nem eu acredito…

Olá, pessoal!

Eu decidi fazer essa análise um pouco diferente, primeiro porque era um vídeo com 3 análises, mas as outras 2 histórias foram excluídas, então não vou trazê-las para cá porque não tem sentido, segundo porque os capítulos dessa história são muito pequenos (muito mesmo!) então, eu vou colocar a análise do Hadou no vídeo, ler um capítulo da história e dar o meu parecer a respeito. 

Hadou: Originalidade, simplicidade, a história é muito divertida, mas a princípio a escrita é um pouco confusa, no decorrer dos capítulos nota-se que ela vai tentando consertar isso, mas os primeiros capítulos são bem "bugados". O que me atraiu na fanfic e que me fez continuar a leitura foi a honestidade na apresentação da autora: "Desde pequena amo cantar, dançar,tocar instrumentos,e é claro escrever,para mim escrever é uma das coisas que podiam mudar de fato a minha vida,e saber que escrevo não apenas para mim mas para os outros e outras só melhora essa sensação boa que eu tenho ao receber a notificação dizendo que a fanfic está legal,ótima,incrível, favoritos,além de fichas para entrar,muitos devem achar que eu planejo horas e horas os capítulos mas muito pelo contrário é tudo feito na hora com a emoção do momento e é por isso que fico feliz com novos leitores,comentários,favoritos e fichas,pois eu nunca fui escritora" o fato de se assumir uma "não escritora" ao mesmo tempo em que se admite como tal, esse paradoxo me encantou, ela escreve por diversão. Claramente precisa melhorar a escrita e, uma sugestão que eu dou é mudar o foco narrativo para 3ª ou 2ª pessoa como uma forma de alcançar melhor os demais personagens da história, ainda aconselho sim a rever a escrita para melhorar.

Então, começando pelos elementos de divulgação da história. Mana, vamos fazer uma capinha pra fanfic, né? Eu sei como é complicado conseguir vagas nessas páginas de auxílio a autores de fanfic, ou os pedidos estão fechados ou mal abrem e fecham antes que você tenha chance. Mas pede pra um amigo fazer, sei lá, tenta tutorial na internet, improvisa como dá, mas faz uma capinha. É a carteira de identidade da sua história, então, ela precisa dizer algo sobre ela. Passando para a sinopse, ela dá a impressão que a história é escrita em terceira pessoa, mas não é, apesar de fornecer algumas informações a respeito do enredo não está consistente ou coerente. Sugiro refazer ou pedir para alguém refazer.

Passando para os capítulos em si a primeira observação é que são extremamente curtos. O Hadou falou no vídeo que ela escreve no "calor do momento", quando bate inspiração, isso é um trunfo para alguns autores que sabem como usar, mas depender da inspiração apenas para criar uma história, principalmente uma que mexe com mais de uma personagem, é um perigo. O enredo pode acabar se perdendo e em algum momento você não vai saber como responder as perguntas da sua história ou mesmo saber onde ela vai chegar. Lycia Barros diz que escrever "é 1% inspiração e 99% de transpiração" e isso é muito válido, como eu mencionei no post 7 passos para a escrita do romance,  escrita é trabalho, gente, uma jornada que exige de nós e não deve ser levada como algo banal mesmo que seja um hobby. Você cria um conteúdo que alguém vai ler e, dependendo da intensidade com que você escreve e do equilíbrio emocional de quem lê, você pode tirar alguém do mundo ou afundá-lo num poço.

Novamente voltamos para a questão do famigerado POV. Eu vou me ater de não repetir o que já disse um milhão de vezes e apenas falar para que não façam isso. É sério. Não façam. Quer escrever um capítulo por personagem? Pode sim, vá em frente, mas entenda como histórias desse tipo se estruturam, entendam como elas funcionam e como esses capítulos se ligam antes de se aventurarem a escrever algo assim. Há um propósito por trás de cada técnica, nem sempre o propósito de tal técnica se enquadra no seu tipo de enredo o que necessita de adaptação e você não vai saber adaptar se não lê e não pesquisa. Eu não to dizendo pra correr e fazer um curso de escrita criativa, mas pelo menos conhecer os princípios básicos da prosa e da narrativa em si, o melhor jeito de fazer isso aquém de ler teorias intermináveis, é simplesmente ler. Você não imagina a escola que um livro dos mais bestas como um chicklit ou um Young Adult pode ser de técnica e densidade narrativa. Nesse estilo de alternar ponto de vista eu indico Julieta Imortal, A Garota no Trem (apesar de ser um lixo, esse livro te ensina não só a alternar personagem,  ensina o melhor modo de como  não criar uma personagem feminina) Dezenove Luas e Entre o Agora e o Nunca.

A construção narrativa, o desenvolvimento de diálogo como um todo e a estruturação de enredo tá bem ruim, mana. Mesma coisa que eu disse na análise anterior de Haunted House, você não está escrevendo um roteiro, então esse aí é o modo errado de assinalar as falas (E apesar do /s/ entre vogais ter som de /z/ prazer é com /z/, viu gata?). Outra coisa, repetir de ano não quer dizer realmente que as pessoas são burras, o sistema de ensino às vezes não ajuda, mesmo a história claramente se passando nos EUA (e eu aconselho a rever esses nomes em inglês, flor, principalmente o nome da escola), a pressão pelas notas perfeitas muitas vezes impede o bom desenvolvimento dos alunos. O tempo/espaço da trama tá bem perdido, não permitindo que o leitor se localize com precisão, sem contar que, amiga, você precisa ler mais, viu? Muito mais. E quando digo ler, no seu caso, não é fanfic. Leia livros, originais de pessoas competentes também serve. Entendam que nossa escrita é um reflexo da nossa leitura, seja intencionalmente ou algo no nosso subconsciente. 

O texto passa a ideia de ser desleixado (como se fosse escrito por uma criança entre os 10 e os 12 anos), desordenado, percebi inclusive que o Hadou foi suave quando disse "bugado". Há vários questionamentos que podem ser melhor trabalhados, principalmente nesse aspecto do experimento que fizeram com ela: foi só com ela? Por que aconteceu? Com que finalidade? Por que escolheram ela? Havia outros? Onde estão? Como ela fugiu? A descrição é basicamente inexistente e, no único momento que acontece - no início do capítulo - é feito do modo errado. Enfim, sendo bem sincera, eu digo que a escrita dessa fanfic beira o infantil para dizer o mínimo, sei que estou sendo bem dura ao falar isso, mas é verdade, flor. Você precisa de um trabalho de planejamento do enredo, de mais leitura, reestruturar toda a história do zero, a narração, a construção de personagens, a estruturação do diálogo, etc. Vejam, ser uma escrita simples não quer dizer que é uma escrita ruim, mas é preciso separar a escrita simples da escrita simplória

Esse é o meu parecer sobre Uma Híbrida na Multidão, me perdoe se eu fui dura, mas é o melhor para a sua história. O Hadou falou que o plot era interessante e deve mesmo ser, mas nem isso dá para tirar no primeiro capítulo, então seria muito bom rever seu trabalho e talvez até mesmo deixar a ideia amadurecer. Talvez você não almeje ser uma escritora, mas a partir do momento que você cria um conteúdo você se torna um escritor, e tratar esse conteúdo que você criou com respeito e dedicação é seu dever enquanto criadora e a honra de todos nós que nos encaixamos nessa categoria artística. Por isso, acho ótimo que você use a inspiração para criar, mas já passou da hora de começar a adicionar um pouco de técnica também.