Status: Em andamento
Capítulos: 07
Gênero: Mistério, Assassinato, ação
Sinopse: Um suicídio dentro do Jardim do Éden, o parque botânico de uma evitada comunidade aos arredores de Nova Orleans, é o necessário para que a nuvem negra que sobrevoava a cidade se dissipasse, porém não o suficiente para erradicar sua má fama. O garoto encontrado enforcado no bosque é o manipulador e extremamente popular Elijah Bishop, herdeiro de um império de vinhos e portador dos segredos mais nefastos da sociedade local.
Entretanto, enquanto deveriam estar escolhendo suas roupas luxuosas para a formatura e resolvendo suas questões nem um pouco louváveis, Yannick, Violet, Vince, Hannah e Mike têm que lidar com o fato de que o sangue de um Bishop está cravado em suas unhas.
Quando o que parecia ser um caso isolado a ser jogado para debaixo do tapete se torna uma onda de suicídios incontrolável, celulares são confiscados, palestras motivacionais são feitas e a palavra "assassinato" sendo sussurrada pelas ruas fazem a cidade virar de cabeça para baixo.
Correndo o risco de serem apontados como suspeitos, trocarem as grifes pelo uniforme penitenciário ou linchados pelos próprios vizinhos, os cinco adolescentes iniciam uma investigação independente cheia de mentiras e trapaças.
Narrado por um rei sedento por poder tentando se acostumar com o mundo dos mortos, Jardim dos Suicidas pode lhe fazer descobrir como levar os culpados ao inferno. Menos você, é claro.
Eu deixei essa história por último porque sabia que provavelmente teria algum problema com ela, nem tanto pela escrita, mas pelo tema (embora eu vá ler uma pra resenhar em breve com um tema parecido). Nas tags que a autora usou para classificar a história eu vi "heresia", particularmente tenho sim a crença de que literatura é algo além de qualquer espécie de dogma, contudo, o leitor seleciona aquilo que lhe apetece ler, de modo pessoal, não gosto de ler ou ouvir coisas que ferem a minha crença porque acho que a crença de todo mundo, independente de qual seja, deve sim ser respeitada por todo o tipo de arte e comunicação.
Bem, Jardim dos Suicidas apresenta já no primeiro capítulo um grupo de amigos em um lugar chamado Jardim do Éden ou Novo Éden com um cadáver enquanto debatem sobre o que fazer com ele, aparentemente a vítima, Elijah Bishop, morreu no meio de um trote e mesmo em meio a situação nenhum dos garotos parece muito preocupado com o resultado de seus atos. A narração é feita em segunda pessoa por assim dizer, como se o narrador estivesse conversando com você intimamente para contar seus podres mais sórdidos porque é exatamente essa a sensação que você tem durante a leitura desse capítulo.
O livro traz algumas reflexões a respeito das relações interpessoais e da morte, muitas das hipocrisias que rondam a morte. É cheio de um humor negro que algumas pessoas podem não entender e outras podem não gostar, então não posso dizer que é um livro para todo mundo. É uma história muito bem escrita, alguns errinhos básicos que sempre escapam da gente, mas de um modo geral é impecável, apesar de tratar de um tema pesado e de a história em si ter aquele clima sombrio com personagens tipicamente rebeldes e frios, palavrões e drogas, ela sabe bem usar as palavras ao seu favor, ponto para a autora!
Não há muito o que dizer, a capa é bem enigmática, como não li a história inteira (e tampouco ela está completa) não dá para dizer se condiz, mas é bem feita. A sinopse está igualmente bem construída, não vi nada que precisasse de ressalvas mais rígidas, a autora parece estar muito atenta e zelosa com seu trabalho, este é o primeiro livro de uma série que envolve tabus da sociedade desejo boa sorte a autora e caso a temática te interesse e você seja maior de idade (não recomendo de forma alguma a leitura para menores) está aí uma boa aposta de leitura, não apenas para descobrir o que parece ser um bom thriller (embora não acredite que ela vá seguir por esse caminho) como para estudar a composição de um bom livro.